<p><a href="https://veja.abril.com.br/coluna/o-som-e-a-furia/morre-ozzy-osbourne-vocalista-do-black-sabbath-aos-76-anos/"><strong>Ozzy Osbourne</strong>, que morreu nesta terça-feira, 22,</a> <strong>não era apenas <a href="https://veja.abril.com.br/coluna/o-som-e-a-furia/como-o-loser-ozzy-osbourne-se-tornou-o-mais-improvavel-heroi-do-rock/">uma lenda do rock</a> — também era uma entidade visual e inspiração fashion.</strong> Desde os tempos de vocalista do Black Sabbath até sua carreira solo, seu estilo sombrio, teatral e transgressor sempre foi uma extensão evidente de sua persona artística. Não se tratava apenas de simples figurino &#8211; a estética de Ozzy ajudou a moldar sua imagem e influenciou em sua música e no impacto cultural do heavy metal como um todo.</p>
<p>Com longos cabelos escuros, olhos marcados por delineador pesado e roupas predominantemente pretas, o cantor trazia para o palco uma aura quase mística, entre o oculto e o rebelde. Suas capas dramáticas, crucifixos exagerados, muito couro, botas plataforma e adereços sombrios anteciparam tendências que depois ganhariam força em movimentos como o glam rock e o gótico.</p>
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<p>Nos anos 1970, a presença de palco de Ozzy com o Black Sabbath já desafiava padrões: enquanto o som da banda explorava riffs densos e temas sombrios, ele encarnava uma espécie de profeta do apocalipse moderno devidamente caracterizado para tal. Com o tempo, essa imagem foi se tornando parte indissociável de sua identidade artística — o &#8220;Senhor das Trevas” virou um personagem tão forte quanto sua música.</p>
<p>Na década seguinte, ao seguir carreira solo, Ozzy elevou ainda mais seu impacto na moda, incorporando elementos teatrais e, algumas vezes, até flertou com o visual glam-metal, mas sem abandonar suas raízes sombrias. Assim, inspirou gerações de músicos também pelo estilo que combinava o caos da mente criativa ao culto do exagero e, por vezes, até da bizarrice.</p>
<p><b>Estilo em atitude</b></p>
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<p>Seu visual também funcionava como ferramenta narrativa. <a href="https://veja.abril.com.br/coluna/o-som-e-a-furia/verdade-ou-lenda-o-dia-em-que-ozzy-osbourne-mordeu-um-morcego/">Seja pela lenda de mastigar morcegos</a> no palco ou estrelando reality shows com roupas pretas e óculos coloridos, cada escolha estética ajudava a contar a história de um cara que transformou sua escuridão interior em espetáculo e fez sua influência fashion transcender o rock. Tornou-se ícone de moda alternativa, citado como inspiração por estilistas como Hedi Slimane e Rick Owens em coleções que misturavam o punk, o gótico e o glam.</p>
<p>Seu estilo, afinal, era atitude. Que ressoou nas guitarras distorcidas, nos vocais esganiçados e inconfundíveis, nas performances pauleiras, mas também na estética de todo um gênero musical que, sem Ozzy, talvez soasse (ou parecesse) muito diferente.</p>
<figure><img alt=".Ozzy Osbourne durante o show de despedida do Black Sabbath há duas semanas: delineador pesado e roupas pretas sempre foram suas assinaturas visuais" decoding="async" src="https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2025/07/We-are-excited-to-announce-the-theatrical-release-of-Back-To-The-Beginning-Ozzys-Final-Bow-–-c.jpg" /><figcaption>Ozzy Osbourne durante o show de despedida do Black Sabbath há duas semanas: delineador pesado e roupas pretas sempre foram suas assinaturas visuais<span class="copyright">Black Sabbath/Instagram</span></figcaption></figure>
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Como o estilo de Ozzy Osbourne ajudou a moldar o impacto fashion e cultural do heavy metal?