   <img src="https://s2-techtudo.glbimg.com/GRO8LSQrg5c50pEUc2AwyhHau90=/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_08fbf48bc0524877943fe86e43087e7a/internal_photos/bs/2025/Z/7/Nzr1IxSceWztS2ELGKLw/1779.jpg" /><br />     Celulares recondicionados são aparelhos usados que passaram por um processo de reparo para voltarem às condições originais. Cada vez mais comuns no e-commerce, eles têm sido uma porta de entrada para o universo de smartphones premium, principalmente dos iPhones, já que são mais baratos que modelos totalmente novos. Ainda assim, os aparelhos recondicionados nem sempre vêm com garantia e podem ter baterias antigas, o que levanta a dúvida: "vale a pena comprar?". 
Nesta matéria, o TechTudo explica em detalhes o que é um celular recondicionado, se ele tem direito à garantia das fabricantes e o que você deve observar antes de comprar um modelo do tipo. Também ouvimos um consumidor que usa um celular recondicionado no dia a dia para entender o que esperar em termos de desempenho, durabilidade e custo-benefício. Confira a seguir. 
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Celular passando por um processo de manutenção para retrornar às vitrines como um aparelho recondicionado
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Celular recondicionado vale a pena? Testamos!
O TechTudo reuniu uma série de informações importantes sobre celulares recondicionados para ajudar você a entender se vale a pena investir nesse tipo de aparelho. A seguir, confira os tópicos que serão abordados neste guia.
O que é um celular recondicionado?
Por que comprar um celular recondicionado?
Primeiras impressões
Desempenho no dia a dia
A bateria ainda aguenta?
Problemas enfrentados
Pontos positivos
Valeu a pena?
O que é um celular recondicionado?
Celulares recondicionados, também chamados de refurbished, são dispositivos que já tiveram um dono, foram devolvidos — seja por arrependimento, troca de modelo ou reparo de defeitos — e, após uma checagem técnica, voltaram ao mercado. Esses aparelhos passam por testes de funcionamento, limpeza e, em alguns casos, recebem peças novas, como bateria ou carcaça. No caso da Apple, por exemplo, os modelos certificados ganham bateria e corpo novos, além de contarem com garantia de um ano.
Em marketplaces como Mercado Livre, Amazon e Carrefour, esses celulares costumam ser avaliados por compradores com base no estado físico, saúde da bateria e desempenho no uso diário. A principal vantagem em relação aos usados adquiridos diretamente de terceiros é que, em alguns casos, o consumidor tem garantias legais, suporte técnico e direito à devolução. Ou seja, é uma alternativa mais segura, ainda que não se trate de um produto novo.
Por que comprar um celular recondicionado?
Para entender, na prática, como é usar um celular recondicionado no dia a dia, o TechTudo conversou com o comerciante Antônio Barbosa de Souza, de 45 anos, que decidiu comprar um iPhone recondicionado para ter mais segurança no uso do sistema operacional. “Eu vinha namorando a ideia de trocar de sistema. Usava um celular Android e queria migrar para o iPhone, mas, na época, eu não tinha muita certeza se valia a pena pagar um valor alto em um celular”, conta o proprietário do Mercado do Toninho.
Após muita pesquisa nos principais marketplaces da Internet, o empreendedor encontrou o celular que procurava: um iPhone 7 por R$ 1.300 no Mercado Livre. O valor representava uma diferença considerável em relação ao preço médio do aparelho em 2019, ano da compra: um modelo novo girava em torno de R$ 1.850.
A decisão foi estratégica: ele queria um aparelho confiável para uso no comércio, especialmente para lidar com aplicativos bancários, boletos e transferências. A promessa de segurança e estabilidade do iOS foi o que mais o atraiu, e o preço competitivo foi o empurrão final na hora da compra. “Por ser um aparelho recondicionado, eu fiquei um pouco receoso de comprar, mas, como as avaliações eram positivas, eu acabei me arriscando e comprei”, explica.
iPhone 7 recondicionado de Antônio
Reprodução/Danilo Dias
Primeiras impressões
“Quando peguei o embrulho, era muito leve. A primeira coisa que pensei foi: 'Cai num golpe'”, relembra o empreendedor. Ao abrir o pacote, ele ficou mais tranquilo. Dentro, havia um iPhone 7 fora da caixa — o que pode ser um pouco frustrante para muitos usuários da Apple —, um cabo Lightning e uma fonte paralela. O dispositivo já veio da loja com película aplicada e uma capinha transparente, daquelas que comumente amarelam com o tempo.
Apesar da simplicidade dos acessórios, o smartphone estava em bom estado. “Não tinha riscos, nem marcas de arranhões, e o celular parecia novo”, explica Toninho. Em redes sociais como o X (antigo Twitter), muitos usuários também demonstram satisfação com a aquisição de celulares recondicionados, principalmente por conseguirem adquirir aparelhos de qualidade por preços mais acessíveis. No fim das contas, o custo-benefício costuma ser o fator determinante na hora da decisão.
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Desempenho no dia a dia
Ao começar a usar o celular, o comerciante se surpreendeu com o desempenho do iPhone 7 — especialmente com a qualidade das fotos. “Pareciam bem mais realistas, [as fotos] não ficavam com aquele aspecto plastificado, sabe?”, relatou. Para o ex-usuário de Android, a mudança foi marcante, já que algumas das suas principais queixas sobre o sistema antigo eram os constantes travamentos, bugs ao usar aplicativos e a necessidade de reiniciar o celular para voltar ao normal. 
Outro grande ponto de destaque foi a fluidez das aplicações, em especial dos apps bancários. Como esses programas foram um dos principais motivos que o fizeram migrar para o iPhone, a facilidade em acessá-los e o protocolo de segurança necessário para abri-los tornou a experiência ainda mais satisfatória.
"Trabalho no comércio e preciso lidar com essa questão de pagamento de boleto, depósito, transferências. Nesse quesito, sempre ouvia o pessoal dizer que a Apple era uma empresa segura."
Mas nem tudo são vantagens. Apesar da qualidade nas fotos e da fluidez ao rodar aplicativos, a duração da bateria deixava a desejar. Segundo Toninho, o aparelho tinha baixa autonomia e precisava ser recarregado pelo menos duas vezes ao dia, principalmente em usos mais intensos. 
 iPhone 7 recondicionado surpreendeu por fluidez nas aplicações
Reprodução/Danilo Dias
A bateria ainda aguenta?
O desempenho da bateria, após seis anos de uso, não é dos melhores. De acordo com Toninho, a saúde da bateria do iPhone 7 recondicionado veio levemente degradada. “Já esperava esse tipo de comportamento, já que o aparelho veio com a saúde da bateria em 97%. Já não estava 100%. Hoje está em 69%, o que indica um nível bem crítico da qualidade”, afirma.
Atualmente, ao utilizar o celular em tarefas que exigem um pouco mais, como assistir a vídeos no YouTube, ouvir música e usar apps de trabalho, o iPhone descarrega em cerca de cinco horas. “Se depender dele, tenho que morar do lado de uma tomada”, brinca. Para se adaptar à situação, foi necessário adquirir um novo aparelho, e o iPhone 7 virou o celular reserva. Para ele, esse foi o maior ponto fraco da compra.
Saúde da bateria de um iPhone 7 recondicionado após seis anos de uso
Reprodução/Danilo Dias
Problemas enfrentados
Em sua experiência com um celular recondicionado, o comerciante não enfrentou problemas além dos que já são comumente esperados a partir de limitações da ficha técnica. Além da bateria com baixa autonomia, outro ponto negativo foi a capacidade de armazenamento, que o obrigou, em alguns casos, a apagar arquivos para liberar espaço. “Depois de um tempo, o espaço começou a se tornar um problema, e na grande maioria dos casos eu precisava lidar com a necessidade de apagar arquivos, fotos e vídeos para liberar espaço”, explica.
Fora isso, nenhum defeito grave como travamentos, superaquecimento ou falhas no sistema foi registrado. O aparelho nunca precisou ir à assistência e resistiu bem ao uso contínuo por mais de seis anos. Vale destacar que o usuário não expôs o iPhone a usos mais intensos, como jogos, streaming ou aplicativos que demandam muita memória e processamento. 
"Não usava o celular  para tarefas que demandavam muita memória como jogos ou streaming. O que eu fazia, vez ou outra era ver vídeo no YouTube e escutar música", conta. 
Pontos positivos
Quanto aos pontos positivos, a lista é bem mais extensa. O principal destaque é a economia: ao optar por um aparelho recondicionado, o comerciante conseguiu poupar pouco mais de R$ 500, valor significativo para muitos consumidores. 
Além disso, a qualidade das câmeras, a segurança e a fluidez do sistema são destacadas positivamente pelo empreendedor. Considerando que, mesmo após muitos anos, não houve necessidade de assistência técnica para reparos como troca de bateria ou tela, a experiência com o celular recondicionado não deixou a desejar em relação a um aparelho novo.
Valeu a pena?
No fim das contas, adquirir um celular recondicionado foi extremamente positivo para Antônio. “Foi uma das melhores escolhas que fiz. Primeiro porque comprei um celular top de linha, na época, por um preço mais em conta”, avalia. Ainda assim, é importante considerar que aparelhos nessas condições podem apresentar problemas pontuais, como falhas no display, mau funcionamento e baixa autonomia de bateria. 
Antes de efetuar a compra, é importante atentar para a confiabilidade dos vendedores nas plataformas online. “É importante pesquisar direitinho, ver as avaliações dos vendedores e ver se não tem nenhuma reclamação”, explica Antônio. Além de evitar que o consumidor caia em golpes, a ação também pode ser crucial para identificar possíveis falhas no dispositivo com base na experiência de outros clientes.
Para usuários que desejam adquirir um celular mais premium — ou até mesmo comprar um modelo novo, mas não têm condições de pagar o valor de um aparelho lacrado —, os recondicionados surgem como uma alternativa interessante.
Com informações de Apple, Forbes, Tech Advisor, TechTudo e X
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